quarta-feira, 16 de março de 2011
Por Edson Moura
Sonhamos
todo o tempo com algo bom. Almejamos concretizá-los a qualquer custo. E
quando somos frustrados em nossas expectativas, caímos em um poço
escuro, sem ar tateamos as paredes em busca de uma fissura para nos
agarrarmos e sairmos do breu.
São
nesses momentos que damo-nos conta de quão importantes nos eram os
sonhos, porque muitas vezes, ao experimentarmos uma fração de nosso
grande desejo, nos deixamos levar pelo comodismo, e sem perceber,
permitimos que ele escape por entre nossos dedos como finos grãos de
areia.
Partindo
deste pressuposto, podemos afirmar com propriedade, que os maiores
culpados, senão os únicos, por perdermos àquilo que buscamos, somos nós
mesmos.
Alguns
sonhos jamais se concretizarão, porque eles eram tão frágeis que não
podem ser recuperados. É então, que desesperados, tentamos juntar os
cacos do mais belo cristal, para trazê-lo à sua forma original. Alguns
conseguem esta façanha, mas estão enganados se pensam que tudo será como
antes. Cristais quebrados sempre serão...cristais quebrados.
Um
dia olharemos para ele e veremos suas cicatrizes, suas imperfeições,
marcas estas que não passam despercebidas pelos olhares atentos de seus
"donos". E o que faremos desta vez?!
Como
uma maldição que não se pode extirpar, acabaremos por cometer os mesmos
erros do passado. Desprezaremos o sonho, e ele se vai novamente.
Lamentaremos
mais uma vez, mas se formos honestos, reconheceremos nossos erros, e
também reconheceremos que nada aprendemos com eles. Não vimos que ,
embora desfigurado, nossos sonhos estavam ali, inteirinhos. Era só
cuidar dele, mas desta vez, com mais atenção que da primeira, pois ele
estava mais frágil.
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