A morte, essa malvada cheia de si, temida por todos
Se sente a mais poderosa das entidades
Tenho pena de você dona morte
Pena por que não poderás matar-me
Quando pensar que me derrubas
Não estará pondo fim à minha existência
Talvez esteja você pensando que temo sua visita
A considero elegante, gentil e até boa
Boa porque você morte, é a única capaz de por fim à dor
Imaginar a tua presença junto ao meu leito, já me enche de alegria o coração
Então morte, sua danada, morra de raiva ao saber que aguardo sua chegada
Com certa ansiedade, sem temor, sem raiva
O descanso dos ossos é ruim? Logicamente que não.
Alguns, assim como eu, a aguardam
Outros, heróis, reis, valentes, suicidas... a procuram
Guerras, venenos, forcas, balas, doenças... Suas armas são inúmeras
Posso dizer que morte não é morte, é apenas descanso
Tua vaidade cai por terra quando um homem corajoso antecipa sua chegada
Morte não chore, ainda existem os que a temem.
Edson Moura
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