Recentemente li um artigo na Folha de São Paulo
que chamou minha atenção para um fato que para muitos, é considerado como
desrespeito pelo sexo feminino, mas não para mim. O artigo foi escrito por Luiz
Felipe Pondé, e ele resume de forma magistral, o meu pensamento a este respeito.
Achava que apenas eu pensasse assim, e que esta forma de pensar constituía-se
numa deformação de caráter, felizmente hoje, tenho o respaldo de um intelectual,
o que me tranqüiliza. Diz assim o artigo:
Humildemente confesso que, quando penso a sério
em mulher, muitas vezes penso nela como objeto (de prazer). Isso é uma das
formas mais profundas de amor que um homem pode sentir por uma mulher. E, no
fundo, elas sentem falta disso, não só na “alma” com na pele. Na falta dessa
forma de amor, elas ressecam como pêssegos velhos, mofam como casas desabitadas,
falam sozinhas. Gente bem resolvida entende pouco dessa milenar arte de amor ao
sexo frágil.
Sou, como costumo dizer, pouco confiável. Hoje
em dia, devemos cultivar maus hábitos por razões de sanidade mental. Tenho
algumas desconfianças que traem meus males de espírito. Desconfio barbaramente
de gente que anda de bicicleta para salvar o mundo (friso, para salvar o mundo).
Recentemente, em Copenhague, confirmei minha suspeita: a moçada da bike pode ser
tão grossa quanto qualquer motorista mal-educado. 37% da população de lá usa as
“magrelas”, e nas ciclovias eles são tão estúpidos, estressados e apressados
como qualquer motorista “subdesenvolvido”.
Fecham a passagem de carros e ônibus como se,
pela simples presença de seus “eus” perfeitos, o mundo devesse parar diante de
tanta “pureza verde”. Aliás, o modo seguro de saber quando alguém não conhece a
Europa, é ver se essa pessoa assume como verdade o senso comum de que os
europeus são bem-educados. Muitos deles, inclusive, não sabem o que é uma coisa
banal como uma fila.
Outra coisa insuportável é o sujeito que toma
banho com pouca água para salvar o planeta. Esse tipo de gente é gente porca que
arranjou uma desculpa “politicamente correta” para não tomar banho direito.
Provavelmente ele não gosta mesmo é de banho. Mas falando sério, desconfio de
homens que não pensam em mulheres como objeto. Pior, são uns bobos, porque,
entre quatro paredes, elas adoram ser nossos objetos e na realidade sofrem,
porque a maioria dos caras hoje virou “mulherzinha” de tão frouxos que
são.
Fico imaginando o quão brocha fica uma mulher
quando um cara diz pra ela: “Respeito você profundamente, por isso não vou...”.
Pergunto filosoficamente: Como achar uma mulher gostosa sem pensar nela como
objeto? A pior forma de solidão a que se pode condenar uma mulher, é a solidão
de não fazê-la, de vez em quando, de objeto. E esta é uma forma de solidão que
se torna cada vez mais comum. E, sinto dizer, provavelmente isso vai piorar. A
menos que paremos de torturar nossos jovens com papinhos politicamente corretos
sobre “igualdade entre os sexos”. Igualdade perante a lei (e olhe lá...!). No
resto, não há igualdade nenhuma.
A feminista americana Camille Paglia,
recentemente, em passagem pelo Brasil, disse que muitas das agruras das mulheres
heterossexuais se devem ao fato de elas procurarem “seres iguais a elas” nos
homens. Que pensem como elas, sintam como elas, falem como elas. Entre o desejo
“correto” de ter um “eunuco bem-comportado” e um homem que diga “não” à tortura
da “igualdade entre os sexos”, ficam sozinhas com homens que não passam de
“mulherzinhas”.
O que é um homem “mulherzinha”? É um homem que
tem medo de que as mulheres o achem machista, quando, na verdade, todo homem
“normal” gosta de pensar em mulher como objeto. Um mundo repleto de
“mulherzinhas” acaba jogando muitas mulheres no colo “vazio” de outras mulheres,
por pura falta de opção. E aí começa esse papinho de que é “superlegal ser
lésbica”. Afora as verdadeiras, muita gente está nessa por simples desespero
afetivo. Nada contra, cada um é cada um. Só sinto que muitos homens “desistam”
delas porque a velha “histeria” feminina da qual falava Freud (grosso modo, a
insatisfação eterna da mulher) virou algo do qual não se pode falar, senão você
é taxado como machista..
Muito desse papinho “progressista” é conversa
fiada para esconder fracassos afetivos, a saber, a mais velha experiência
humana, mas que nos últimos anos virou moda dizer que a culpa é do capitalismo,
da igreja, do patriarcalismo, da família, de Deus, da educação, do diabo a
quatro. E o pior é que quase todo mundo tem medo de dizer a verdade: “Uma das
formas mais profundas de amor à mulher é fazer delas objeto”.
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