sábado, 2 de outubro de 2010
Pai, me perdoe por não acreditar em você
Pai, me perdoe porque duvidei de seu amor
Pai, tanto tempo ao seu lado e não o pude conhecer
Filho, eu lhe perdôo por duvidar de mim
Filho, eu sei que meu amor não ficou bem claro
Filho, como poderias conhecer-me assim?
Filho, eu entendo o seu desamparo.
Pai, onde estavas quando precisei de ti?
Pai, eles me bateram, me chutaram e cuspiram
Pai, não sei quantos socos recebi
Pai, o pior foi quando eles me despiram.
Filho, eu estava muito longe naquele momento
Filho, por que não se defendeu dos agressores?
Filho, você não pode viver neste tormento
Filho, nunca baixe a cabeça para seus opressores.
Pai, como assim o senhor estava longe?
Pai, aprendi que sempre estavas ao meu lado
Pai, ensinei que o senhor move os montes
Pai, pedi que meus amigos me entregassem o fardo.
Filho, você não vê que o “longe”, é sua própria consciência?
Filho, você realmente acreditou que eu existia?
Filho, não sei o porquê desta sua insistência
Filho, você não pode viver nesta fantasia.
Pai, eu não quero a realidade!
Filho, uma coisa você nunca entendeu
Pai, não tire minha ingenuidade!
Filho, eu morri e você não percebeu.
Edson Moura
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