sexta-feira, 18 de junho de 2010
“O bacteriologista escocês Alexander Fleming
estava analisando uma temível bactéria em seu laboratório em 1928. Num momento
de distração e devido ao excesso de atividades...esqueceu a porta aberta quando
saiu. Um fungo invadiu as placas de cultura das bactérias...produzindo um bolor.
Aquilo que parecia um desastre, culminou numa grande descoberta: As bactérias
morreram!
A partir dessa descoberta, extraiu-se o
primeiro antibiótico...a penicilina. Milhões de vidas puderam ser salvas.
Todavia, a penicilina passou a ser usada excessiva e indiscriminadamente. O
resultado? Agora sim, desastroso!
O uso excessivo de antibióticos tem produzido
bactérias resistentes à eles..e, portanto...perigosíssimas. A penicilina que foi
um dos maiores presentes da medicina para a humanidade, é hoje acusada de criar
“supermicróbios” capazes de destruí-la ou afetá-la”
O equilíbrio deveria ser a única coisa que nós
humanos poderíamos ter em excesso. O que é que nos asfixia hoje? O excesso de
compromissos?
Excesso de informações?
Excesso de pressões
sociais...metas...cobranças...competição...necessidade de nos atualizarmos e
sempre dar um jeitinho de ganhar mais?
Somos a sociedade dos excessos!
Por um tempo...esses excessos invadiram meu
estilo de vida...e a conseqüência foi, assim como no caso dos
antibióticos...desastrosas.
Precisei desesperadamente cortar os excessos em
minha vida...mesmo que eu isso me fizesse perder dinheiro e diminuísse meu
status. Foi necessário coragem.
Larguei o emprego de dois horários...meu
salário caiu pela metade. Minha esposa não suportou a mudança de padrão e tratou
logo de “pular do barco”.
Mas hoje eu tenho mais tempo para mim. Posso
ver meus filhos quando quiser. Posso estudar. Posso me dedicar à leitura como
sempre gostei de fazer. Posso praticar a introspecção e periodicamente fazer uma
auto-crítica. Os cortes causaram um choque muito grande num primeiro momento,
mas depois, eu pude colher os frutos de uma vida sem excessos.
“A vida se extingue rapidamente nos braços do
tempo. Vivê-la lenta e deslumbradamente, é, e sempre será o grande desafio do
ser humano...que não é imortal”.
Edson Moura
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