domingo, 27 de maio de 2012

Ateu X Crente (repente)

Me disseram que você

Acredita até em Deus

E não pode entender

Como pensam os ateus

É por isso que os seus filhos

São mais burros que os meus



Você diz que os meus filhos

São mais burros que os teus

Podem até ser burros mesmos

Mas verão ao nosso Deus

Já os teus vão pro inferno

O lugar de todo ateu



Todo ateu vai pro inferno

E o crente vai pro céu?

E nos tempo de inverno

Tem até papai Noel

Tu navegas no oceano

Num barquinho de papel



Tá dizendo que eu sou besta?

Me chamando de fanático?

Mas talvez você esteja

Sendo muito, muito prático

Quero agora que perceba

Que crente não é lunático



Não preciso perceber

Que você é um tapado

Não consegue nem viver

Se esquivando do pecado

Sua vida é se esconder

Do tridente do Diabo



Do tridente não me escondo

Pois tem anjo meu favor

Outro dia eu tive um sonho

Que era um filme de terror

Vi tu correndo pelado

Clamando ao redentor



Só em sonho tu vais ver

Eu clamando a Jeová

E no dia em que eu morrer

Não irei pra outro lugar

Toquem fogo no meu corpo

Depois atirem no mar



No mar eu atirarei

Suas cinzas com prazer

E no juízo eu verei

Sua alma se foder

Queimarás no fogo eterno

Sem chance de arrepender



Minha alma no fogo ardente?

E a sua onde estará?

Vivendo como um zumbi

Nos braços de Jeová?

Eu prefiro a aniquilação

Do que não raciocinar



Toda sua erudição

De nada adiantará

Porque na tribulação

Não adianta chorar

Pois todo filho do cão

Jesus vai despedaçará



Seu Jesus é muito mau

Sanguinário e violento

Parece até o pai dele

Do antigo testamento

Matou até o seu filho

Por causa de um juramento



Seu ateu filho da puta

Para de me perturbar

Senão eu chamo por Deus

Pra poder te arrebentar

Pois saiba que a minha luta

É a guerra de Jeová



Seu deusinho não existe

Será que você é cego?

O Deus que tu acreditas

É o mesmo deus que eu nego

Não passa de um fantasma

Criado pelo seu ego



Eu desisto de tentar

Encaminhá-lo a salvação

Por mim tu vai se lascar

Nas garras do cramunhão

Será atirado no lago

Depois da ressurreição



Eu desejo que você

Um dia seja acordado

E espero que não esteja

Muito velho e acabado

Pois verá tudo que tinhas

E devia ter aproveitado

Se privou das coisas boas

Por causa do tal pecado





Edson Moura



A riqueza das Nações - Adam Smith

Sinopse do Livro:

Filosofo escocês do sec. XVIII cuja obra é um dos principais pilares da economia contemporânea que conhecemos, em que a base, a riqueza das nações é o trabalho das pessoas ao contrario do que afirmavam até aí o mercantilismo ou os fisiocratas, de que  a riqueza das nações estava na posse de metais preciosos adquiridos através do comércio e manufaturas que seriam exportadas ou a terra. 

Adam partiu da analise da realidade que conhecia, a realidade contemporânea misturando na analise econômica a realidade social, política e das mentalidades da época.

Noreda Somu Tossan                                                                                  

Minha escolha

sexta-feira, 11 de março de 2011




Não me tirem as lembranças, pois elas são o combustível que faz meu coração bater.
Não me tirem a dor, pois ela é o parâmetro para que eu possa avaliar minha saúde.
Não me tirem a tristeza, pois somente com ela eu consigo lembrar-me de como fui feliz.
Não me tirem a escuridão, porque aos poucos meus olhos desprezarão a luz.

Vozes

terça-feira, 14 de junho de 2011




Ele deixou de olhar pra mim?
Em tempos difíceis ví-me desamparado
Estás sozinho, estás sozinho!
Era a única vóz que sussurrava em meu ouvido.


(Quantas vezes me peguei orando...orando...orando)
Como um filho que grita por sua mãe, eu clamava por Ele
Noites e mais noites, orando...orando

E as palavras que por tanto tempo ouvira
Elas ainda martelavam em minha mente
Eu era só uma criança, sozinha no mundo
Buscando a proteção
Direção e proteção


Quem me corrigirá quando estiver errado?
Por favor! Alguém me aconselhe!
Alguém fique ao meu lado agora!


Serei seu amigo, serei seu pai
Só eu serei seu amigo
Ele disse, "Eu serei seu amigo"
Não importa o que lhe diga sua consciência, eu serei seu amigo.
Eu estarei ao seu lado
Carregarei-o quando for necessário.


Demorou muito até que conseguisse livrar-me da vóz
Ainda orava a noite...noites inteiras
E as palavras que Ele deixou, foram perdendo espaço
Ficaram em um canto esquecido em minha mente


Já não era mais uma criança sozinha
Já não precisava de proteção
Eu escolhi a direção, eu me protegi solitário
Quando errei me puni, quando magoei alguém...desculpei-me


Livre...livre me sinto agora
Tenho amigos de verdade, reais, humanos
Conquistei meu mundo, acompanhado da minha consciência
Nas noites frias aqueço-me com meu corpo
Eu estou ao meu lado
Sou suficiente, embora ainda seja uma criança.


Edson Moura

“Tornei-me um inútil”

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Ninguém gosta de ser chamado de inútil e ninguém quer se tornar obsoleto um dia, mas pensando bem, quando nos tornamos desnecessários na vida de outras pessoas, estamos dando indícios de que essas pessoas já podem caminhar com as próprias pernas. Na sociedade moderna constatamos esta “deformação” em muitos lares.

Mentiras e Verdades



                                

Perdi a conta de quantas vezes disse que amava, quando na verdade, o vazio “preenchia” meu ser tal qual um buraco negro. Também já não me lembro de todas as vezes que os tratei com cordialidade e polidez, ao tempo em que a vontade de mandá-los às favas corroía minhas entranhas, latejando como uma ferida infeccionada. Enfim, podemos dizer que: Se nunca formos descobertos numa mentira, seria o mesmo que dizer a verdade. O que devemos evitar sempre que possível é tentar mascarar um erro com uma mentira, pois fazendo isso, sempre acabaremos por precisar de uma segunda...e uma terceira.

A Senhorita


segunda-feira, 21 de março de 2011




Seus olhos cor de mel são um pecado
Me deixam enfeitiçado e causam dor
Me sinto envergonhado ao ser notado
Mas gosto de sentir este calor

Sonhos que se perdem

quarta-feira, 16 de março de 2011


Por Edson Moura

Sonhamos todo o tempo com algo bom. Almejamos concretizá-los a qualquer custo. E quando somos frustrados em nossas expectativas, caímos em um poço escuro, sem ar tateamos as paredes em busca de uma fissura para nos agarrarmos e sairmos do breu.

São nesses momentos que damo-nos conta de quão importantes nos eram os sonhos, porque muitas vezes, ao experimentarmos uma fração de nosso grande desejo, nos deixamos levar pelo comodismo, e sem perceber, permitimos que ele escape por entre nossos dedos como finos grãos de areia.

Traição ou Solução?

domingo, 13 de março de 2011


    
                                        
Por Edson Moura

O desejo latente permaneceu assim durante anos. Sufocado por um outro desejo quase tão grande. O desejo de não magoar o outro. A convivência com o parceiro era algo parecido com um caminhar à beira da praia, contemplando a imensidão do mar, sem poder sentir as ondas acariciarem seus pés.

Vontade quase incontrolável de sentir algo novo. Pulsão que lhe rasga as entranhas, e um fogo abrasador que consome suas partes intimas. Assim ela vai vivendo, dominando e sendo dominada por um sentimento, por uma fera chamado tesão.

"O começo do Fim"


terça-feira, 8 de março de 2011



Eu já nem sei porque que vivo

Me chão me foi tirado

No meu peito ouço apenas um grito


O pouco de vida que me sobrou

São escombros de um castelo de areia

Te amei tanto e você nem notou

"Abandonando a Promessa"

quarta-feira, 2 de março de 2011



Na angústia de um verão
Você ouviu alguém lhe chamar
Em um sonho confuso você ouviu novamente
Existe um mundo bem diferente deste aqui...é a promessa
Uma promessa feita há milênios
Alguém lhe trouxe uma palavra de ânimo, e você a abraçou

"Fim da Jornada"

terça-feira, 1 de março de 2011


Vejo um planeta desabitado
Outrora havia árvores, pássaros, homens
Podia-se banhar-se em águas límpidas
Mas agora, o rio não passa de uma cicatriz no chão árido

Para onde foram os habitantes?
Fiquei velho e sozinho num mundo vazio
Posso caminhar nu entre os escombros...ser ser visto

A Vida, como ela deve ser vista


segunda-feira, 27 de dezembro de 2010



Encare a vida “de frente”! Soa redundante eu sei.
Por que permanecer em cima de um muro que, de tão alto, não posso vê-lo?
Deixe de covardia! Seus monstros só o perseguirão se você der as costas para eles.
Só serás cercado, se permanecer aí em cima.

sábado, 26 de maio de 2012

“A vingança” parte II

domingo, 24 de outubro de 2010


...e num momento de estúpida lucidez... puxei o gatilho!

Puxei o gatilho e fiquei ali parado ouvindo o estampido do tiro ecoar pela manhã que parecia me recriminar pela minha atitude. Enquanto a fumaça da pólvora se dissipava e misturava-se com a neblina eu observava trêmulo, o corpo do homem caído ao chão. Minhas mãos sentiam o calor gerado pelo disparo, e aos poucos o cano da arma ia esfriando, enquanto eu tomava consciência do meu ato.

”A vingança”

sábado, 16 de outubro de 2010




Embora o desfecho desta história que lhes conto seja fictício, devo deixar claro que o teor do conto é verdadeiro e acontece ainda hoje bem perto de mim. A intenção minha é apenas deixar patente aos leitores que sentimentos de ira e de justiça que passam a todos os momentos por nossas cabeças, mas cabe a nós controlarmos o ímpeto vingativo e acalmar o nossos “corações” para não tornarmo-nos justiceiros insensíveis.

Resumindo ao máximo, começo a esclarecendo os motivos que levaram o Noreda a praticar tal ato. Durante cerca de dois meses ele observou atentamente o comportamento daquela mulher e daquele homem. O marido – um jovem de apenas 22 anos – saía bem cedo para trabalhar. Era quando o pastor chegava à casa do membro de sua igreja, para foder sua mulher durante horas.

Alienação

sábado, 2 de outubro de 2010



Pai, me perdoe por não acreditar em você

Pai, me perdoe porque duvidei de seu amor

Pai, tanto tempo ao seu lado e não o pude conhecer

Pai, me entenda, eu preciso do senhor.

Acordando

domingo, 19 de setembro de 2010


Mas e agora,
Então você acha que consegue distinguir...
O “paraíso” do “inferno”...
Céus azuis...da dor
Você consegue distinguir um campo verde...
de um frio trilho de aço?
Um sorriso aberto...de um choro velado?
Você acha que consegue distinguir?
Acho que não.

Agradecimentos

quarta-feira, 15 de setembro de 2010


Caro Senhor prefeito de São Paulo,
Sou apenas mais um desses estranhos animais que têm por habitat esta cidade tão “linda”, mas espero que o senhor leia meu desabafo.

Me considero um monstro de resistência e um expert em sobrevivência, pois o paulistano é, antes de tudo, um bravo. Às vezes até penso em sair de São Paulo por algum tempo para descansar de seus perigos e desconfortos (uma vez até pensei em ser correspondente de guerra lá no Iraque, só para ter um pouco de “paz” e sossego), mas desisti.Já me acostumei com esse modo de vida, a viver perigosamente, literalmente, “matando um leão por dia”, pois não sou um covarde como esses equilibristas que passeiam sobre fios entre os arranha-céus desta cidade. Fico olhando pra eles lá em cima...longe dos trens lotados...dos ônibus e das lotações (onde pessoas se comportam como animais selvagens debandando ao ver seu predador), atravessando as avenidas...pelo alto..em suas seguras cordas-bambas e penso: eu quero ver é você caminhar aqui no chão...aqui é que mora o perigo.

Oito dias sem se ver

segunda-feira, 6 de setembro de 2010


8º Dia: Que estranho, não  me recordo mais da cor dos seus olhos. Busco desesperadamente lembrar-me de algumas rugas de expressão ou do desenho de suas sobrancelhas...mas é em vão. A lembrança daquele rosto que tanto amo, não existe mais.


7º Dia: Lembrei-me das vezes em que ele passava horas olhando para mim. Quantas palhaçadas e caricaturas ele inventava... só pra arrancar um sorriso meu. Dava-me língua, fazia cara de malvado,  olhava-me profundamente e dizia: Você é lindo! Que idiota ele era. (risos)

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Imunidade Parlamentar no céu

domingo, 29 de agosto de 2010


Não me digam que vocês querem entrar?
Este lugar está reservado para os justos
Aqui não tem imunidade parlamentar
Nem permitimos a entrada de corruptos.

Já disseram que o "Homem" é brasileiro
Mas se for, deve ser um dos piores
Preferimos aceitar os feiticeiros
Pois no geral eles são muito melhores.

Vocês não tiveram piedade do povão
Iludiram o povão que já sofria
E agora que caiu seu avião
O povão vai poder rir com alegria

Rap Filosófico

quarta-feira, 4 de agosto de 2010



Um estudante que sonhou tornar-se médico
E freqüentava uma escola, ensino clássico
Lhe ensinavam que o importante era o mérito
Mas ele viu que o mais legal é ser Socrático.

Desenvolveu um intelecto mediano
Copiou tudo com esmero em seu caderno
Pensando usar isso no seu cotidiano
Quando não mais tivesse aquele amor materno.

Influência

segunda-feira, 5 de julho de 2010


Por Edson Moura

Eu pretendo muitos mais que somente escrever textos bonitos. No fundo , no fundo, todo mundo quer ser ouvido...almeja obter atenção e ter espaço para expor o que pensa...e se possível, fazer valer sua própria opinião. Acredito que isso começa quando ainda crianças ou bebês para ser mais exatos, e aprendemos que para conseguirmos o que queremos, é preciso se fazer ser ouvidos, e no caso dos pequenos o que se ouve é o choro. (um amigo chamado Levi Bronzeado, deve ser mais gabaritado para falar deste assunto).

Nas relações pessoais funciona a mesma lógica. A capacidade de nos comunicar, de compreender e nos fazer compreender é sempre um dos maiores desafios. Histórias de amor, por exemplo, podem chegar ao fim simplesmente por que um diz uma coisa e o outro entende outra coisa.

Nesta era de tecnologia ou seja, dos relacionamentos virtuais (blogs...twitter...e podcasts), o que conta é a capacidade de "vender o próprio peixe". Para isso recorro às palavras.

Tento mostrar aos meus leitores que, conforme amadurecemos, nos damos conta do poder...quase mágico dos vocábulos. Como disse Clarice Linspector: " A palavra é o meu domínio sobre o mundo". De fato, são elas que criam laços...moldam sentimentos...desdobram e ampliam sentidos e nos inserem na cultura (olha só quem está falando...um cara que mal estudou).

“Semi-final do Campeonato Palestino”


Já que estamos em época de Copa do Mundo, e também já percebi que minhas críticas não surtem efeito algum, na cabeça desse povo apaixonado por futebol, vou fazer-me de louco para confundir os sábios. Atenção, qualquer semelhança com alguma história antiga ... é mera coincidência.

O Jogo na Palestina já passa dos 34 minutos da etapa complementar, e o time do técnico Jesus, que joga com sua camisa vermelho-carmesim está goleando o adversário “Esporte Clube Caifás”. O jogo é duro mas ainda há espaço para mais alguns gols. Anás reclama que o árbitro está cego (também pudera ... Bartimeu é quem está apitando o jogo).

O ultimo gol do “Unidos da Galiléia"... foi um espetáculo, parece até que fora desenhado. Pedro cobrou o escanteio bem aberto, quase fora da grande área, mas Judas, oportunista como sempre, pegou de primeira (na veia) e mandou pro fundo da rede. Tomé que também estava participando do lance “nem acreditou” que essa bola pudesse entrar.

“Cortando os excessos”

sexta-feira, 18 de junho de 2010


“O bacteriologista escocês Alexander Fleming estava analisando uma temível bactéria em seu laboratório em 1928. Num momento de distração e devido ao excesso de atividades...esqueceu a porta aberta quando saiu. Um fungo invadiu as placas de cultura das bactérias...produzindo um bolor. Aquilo que parecia um desastre, culminou numa grande descoberta: As bactérias morreram!

“Para os meus filhos eu deixo...”

quinta-feira, 17 de junho de 2010


Uma casa mal-acabada...incrustada no meio do nada, na maior metrópole deste país chamado Brasil. Uma biblioteca com algumas centenas de livros, muitos deles rabiscados...cheios de “notas de rodapé”, denunciando assim, qual era meu pensamento no instante da leitura.

Para meus filhos eu deixo a consciência de cidadania...deixo lembranças de advertências, de que não se deve jogar lixo em vias publicas...que não se deve responder aos mais velhos...que uma mão estendida sempre deve ser retribuída...que educação e economia, nunca são demais.

Deixo também uma lista de aforismos, que mesmo não sendo eles totalmente aplicáveis à vida...pelo menos devem ser praticados exaustivamente, até que se torne parte de nosso ser.

Para meus filhos eu deixo, provavelmente uma dívida de 60 bilhões de Reais (déficit previdenciário), divida esta aumentada pela irresponsabilidade de alguns líderes políticos. Juntamente à dívida, deixo a falsa ilusão de que “minha geração” fôra o futuro do país.

Deixo incutido em suas mentes que, o Brasil é o “país do futebol“...do Carnaval e porque não dizer, da corrupção. E que enquanto onze milionários correm atrás de uma bola...num país de miseráveis chamado “África do Sul”...outros miseráveis, usando chapéus de “bobo da corte“, verde e amarelo, correm atrás de ônibus lotados...que certamente não sairão do lugar, devido ao trânsito caótico causado em sua cidade, por uma “Copa do Mundo” do outro lado do Oceano Atlântico.

Deixo somente críticas...deixo somente advertências...deixo uma pergunta:

“Até quando seremos o “Quinto dos Infernos”?”


Por Edson Moura

"Olhar"


Por Edson Moura

Você já olhou fixamente para os olhos de seu amor?
Quantas palavras são ocultadas apenas em um olhar apaixonado?
O brilho envergonhado de um sorriso prestes a emergir...
Estão nos olhos as chaves para libertar os desejos trancafiados no calabouço do coração.

É possível conhecer uma pessoa apenas olhando para seus olhos durante cinco minutos.
No olhar desvendamos as mentiras arquitetadas durante anos, assim como, se desatentos, perdemos a oportunidade de descobrir as verdades que têm vergonha de entrar em cena.

"Lamentações de um Pai" ... (Parte II)

segunda-feira, 19 de abril de 2010


Dois anos de uma vida, dois anos e muitas estorias, dois anos de pensamentos gerados em um crânio em processo de desenvolvimento, "DOIS FILHOS" levados para longe...para muito longe de um pai que lamentará a perda por todo o restante de sua vida.


A sensação é inexplicável, a dor é soberba, o desespero confunde os pensamentos do pai, ao chegar em casa e ver que seus dois filhos não estavam. Ele procura pela casa deserta, ele reflete por alguns instantes se os filhos não estão escondidos, a fim de pregar-lhe uma peça. Mas as esperanças se dissolvem como uma colher de açúcar em um copo de água.

“E o temporal não se acalmou”

quinta-feira, 8 de abril de 2010


Eles estavam apavorados, a chuva já durava uma semana, o medo refletido em seus olhos era apenas uma demonstração de que até os mais fortes se apavoram. O mestre estava com eles, mas ainda assim temiam. De repente um estrondo..um barulho bem conhecidos desses doze homens que moravam na encosta.

Os gritos começaram...e a correria se alastrou. Um deles, o mais “incrédulo”,olhou pela janela, e não pode acreditar no que seus olhos lhe mostrava: Toneladas de terra descendo o morro...casas sendo soterradas...corpos de crianças e mulheres revolvendo no meio daquele lamaçal..animais..carros..móveis, tudo era carregado e em poucos segundos já não se podia mais vê-los.

Mestre! Ele gritou. Faça alguma coisa! Vai deixar-nos perecer...não vê que vamos morrer nessa avalanche? Um deles, o mais impulsivo, saiu correndo, foi tentar resgatar um garotinho que acabara de ser tragado pela terra, mas nem houve tempo, uma árvore enorme o acertou e ele ficou inconsciente...uma casa literalmente inteira caiu por cima do homem..não houve tempo pra nada...o Pedro morreu.

O mestre olhava tudo aquilo atônito e se perguntava: “O que será que eles querem que eu faça?..será quer eles não sabem que eu sou apenas um homem?...e que eles devem conformar-se com as agruras da vida?” Sabíamos que este local era perigoso para se construir...sabíamos que a qualquer momento isso aconteceria.

Não posso acalmar o deslizamento! Ele gritou. Nada posso fazer! Espero que vocês entendam que a vida é assim mesmo, não pode ser mudada com passes de mágica, não se pode acreditar que só pelo fato de crerem em mim...não lhes acontecerá nenhum mal.

Enquanto ele ainda falava, a segunda onda de terra soterrou a casa onde os onze homens ainda estavam...e o silêncio tomou conta do local. Uma escuridão imensa se abateu sobre eles, a pressão em seus peitos era enorme...onde está o oxigênio...não posso respirar...pensava João.

Matheus sentia um ardor mortal em seus pulmões que lutavam desesperadamente por um último fôlego...mas foi em vão...já era tarde. Todos os doze homens morreram ali...assim como outras centenas de pessoas. Nada pode ser feito, a natureza é implacável quando não a respeitamos.

“A todos aqueles que perderam amigos e parentes no Rio de Janeiro, as minhas mais sinceras condolências”

“Mães! As lágrimas irão cessar, embora as lembranças de seu menino correndo pelos becos da favela jamais sairão de sua mente”.

“Maridos e esposas! Sua vida agora terá que prosseguir! Mesmo sendo assaltados constantemente pelos “flashs” dos momentos bons e maus que passaram juntos”.

“Filhos! Cresçam! E no momento oportuno, saiam das áreas de risco. Suas mães e pais falecidos no desastre gostariam de velos longe do perigo”.

Assim é a vida!


"Ação e reação"

domingo, 28 de março de 2010


Quando aprendermos a escutar a voz das coisas, dos fatos, veremos como tudo fala, como tudo se comunica conosco. Em cada indelicadeza, assassino um pouco aqueles que me amam. Em cada desatenção, não sou nem educado e nem cristão. Em cada olhar de desprezo, alguém termina magoado.

Em cada gesto de impaciência, dou uma bofetada invisível nos que convivem comigo. Em cada perdão que eu negue, vai um pedaço do meu egoísmo. Em cada ressentimento, revelo meu amor-próprio ferido. Em cada palavra áspera que digo, perdi alguns pontos no céu. Em cada omissão que pratico, rasgo uma folha do evangelho.

Em cada esmola que eu nego, um pobre se afasta mais triste. Em cada oração de agradecimento que não faço, eu peco. Em cada juízo maldoso, meu lado mesquinho se aflora. Em cada fofoca que faço, peco contra o silêncio. Em cada pranto que enxugo, torno alguém mais feliz! Em cada ato de fé, eu canto um hino à vida. Em cada sorriso que espalho, planto alguma esperança.

Em cada espinho, que finco, machuco algum coração. Em cada espinho que arranco, alguém beijará minha mão. Em cada rosa que oferto, os anjos dizem: Amém! Somos todos, anjos com uma asa só. E só podemos voar quando abraçados uns aos outros.

“O Anjo e a Flor”


Finalmente, o Anjo conseguiu encontrar-se com a Flor...
Foram momentos lindos, regados por lágrimas de amor.
A flor era muitíssimo mais bela do que ele imaginava...
E o Anjo, não contendo-se de emoção, desfez-se em lágrimas.


Foram poucas as horas que passaram juntos um do outro...
Mas nesse ínterim, perceberam que não era um sonho...seus pensamentos loucos.
O perfume da Flor, está impregnado em sua roupa...
O sabor dos seus lábios...permanece vivo em sua boca.


As mãos entrelaçadas, pareciam dois vulcões em erupção...

“A dádiva de ser mulher”


Por: Edson Moura

Ser mulher é viver mil vezes em apenas uma vida, é lutar por causas perdidas e sempre sair vencedora, é estar antes do ontem e depois do amanhã, é desconhecer a palavra recompensa apesar dos seus atos.

Ser mulher é caminhar na dúvida cheia de certezas, é correr atrás das nuvens num dia de sol e alcançar o sol num dia de chuva. Ser mulher é chorar de alegria e muitas vezes sorrir com tristeza, é cancelar sonhos em prol de terceiros, é acreditar quando ninguém mais acredita, é esperar quando ninguém mais espera. Ser mulher é identificar um sorriso triste e uma lágrima falsa, é ser enganada e sempre dar mais uma chance, é cair no fundo do poço e emergir sem ajuda.

"Meu herói"


Que falta eu sinto, de quando o senhor lembrava-se de mim...
Quanta saudade tenho, das suas estórias para eu dormir...
Lembro-me claramente, quando a luz se apagava e o senhor me divertia, fazendo desenhos no ar com uma ponta de cigarro acesa...
E quando me dizia: Edinho...onde foi que você aprendeu a fumar meu filho?
E eu dizia...Ora, com o senhor pai!...


E com o senhor também aprendi ser honesto...aprendi dar valor a cada centavo suado que ganhamos...
Aprendi que ninguém tem o dever de ser sábio...bonito...ou rico, mas todos nós temos a obrigação de sermos bons.
Seus cordéis ainda martelam em minha cabeça pai!
Seu cheiro de suor ficou gravado para sempre em minha consciência.
Nossas piadas era tão engraçadas...e o senhor era mestre em contá-las.

“Medo de tentar”



Por: Edson Moura

Depois de algum tempo você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

E aceita que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida. E o que importa não é “o que” você tem na vida, mas “quem” você tem na vida.

Descobre que as pessoas, com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão… Aprende que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências.
Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poças que a ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiências que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não para pra que você o concerte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. E você aprende que realmente pode suportar…… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.

E que realmente a vida tem valor é que você tem valor diante da vida!

Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar. 
 
 

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010