quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

"Santa Trindade"


Por: Edson Moura

Já escrevi sobre o inferno
Escreverei também sobre céu
Só quero escrever liberto
Usando de algum cordel
Sofrendo como um artista... que perdeu seu pincel


Compareço ao “tribunal”
Resolvi abrir o verbo
Insinuo que não é real
Suspeito sim desse Credo.
Tentamos achar normal
Outrora foi natural...acreditar no decreto.


Finalmente vou lhes contar
Inspiro o ar com vontade
Lamento contrariar
Historiadores sobre a trindade
O tema pode gerar... massiva incredulidade.


Devemos reconhecer... que Bíblia nenhuma vez
Ensina que nosso Deus...é um que pode ser três.

Diante de tais propostas
Espero não ser queimado
Um Livro que dá respostas
Sustenta o tema abordado.


Mastigue com paciência...as linhas que lhe escrevo
Espero que a consciência...Liberte quem está preso .


Procure as refutações
Estou aberto a mudanças
Respondo sempre as questões
Deixadas com elegância
O intuito das reflexões
É livrar-nos da ignorância.


Sabendo que corro o risco...até mesmo de estar errado
Escrevo porque preciso...saber como foi criado
Nosso credo da trindade...Decretado por Constantino
Homem pagão na verdade...desde que era menino
Originando a cristandade...piorada por João Calvino
Recuso-me crer que a trindade...tem na Bíblia o seu ensino.


Que Deus abençoe a todos!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

"Teimosias do coração"



Por: Edson Moura

Descobri que o amor deixa saudades
Quisera na vida nunca ter amado alguém
O amor penso hoje, caba no rol das vaidades
Se não tivesse amado tanto, hoje viveria bem

Teria evitado desilusões e muita dor
Nunca meu coração viveria amarrado
A essa ilusão que muitos chamam amor
Viveria feliz sem me sentir rejeitado

Mas a lembrança não me deixa esquecer
Esses tempos bons que infelizmente findaram
Pois o amor nem sempre é como se quer
E nossos beijos e carícias também se acabaram

Guardo em meu peito lembranças de nossa juventude
Como um sonho que passou e não voltará
Nossos corpos, nossas mãos, nossas inquietudes
E o desejo louco que não mais se saciará

Foram tempos maravilhosos que vivemos
Hoje estou triste sem amor para amar
Acabar com essas lembranças não podemos
Porque mesmo sofrendo ainda quero lembrar

Quem dera a morte extirpasse minha dor
Quem sabe o Pai com sua Divindade
Quem dera a vida me desse outro amor
Ou talvez o Filho em sua humanidade

No momento certo me consolarão
Uma pessoa então surgirá do nada
E no lugar da dor brotará paixão
E minha efêmera vida será iluminada

Descobri que a saudade é a prova de que amei
Espero nascer de novo pra amar novamente
Única pessoa Por quem chorei
Sempre foi nesta vida meu melhor presente

Recado do autor:
Aproveitem a poesia, pois vem “bomba” por aí!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

A cocaína evangélica


Por: Edson Moura

Antes de iniciar o texto sobre a minha opinião quanto a esse assunto tão delicado que é a pregação de mensagens evangélicas, gostaria de fazer algumas observações sobre meu post anterior, “Lamentações de um pai”.
Escrever poemas hoje em dia é um grande desafio. Poetas e “aspirantes” como eu, parecem ter de justificar, a cada verso, o sentido do que estão enfrentando, sobe o risco de entrarmos num beco sem saída.

O drama da poesia está justamente, em definir o que o autor está querendo dizer com o texto, e se ele tem algum valor de uso, já que muitas vezes caminha na contramão do que o senso comum acha ético.
Poesias são para se pensar, e não para se entender, como diz meu pastor.
Não desistirei de escrever poemas, pois é necessário que meu leitor saiba que por traz de textos muitas vezes pesados, e considerados “carnais demais”, existe um ser humano, que está sujeito às mesmas intempéries que todos seus pares.

Não é uma máquina quem escreve neste blog, e sim, dois jovens (pelo menos o Marcio é jovem) que já passaram por inúmeras situações e gostariam de contribuir com os irmãos suas experiências muitas vezes doloridas.
Obrigado por todos que ainda não perderam a sensibilidade e ainda vêem numa poesia, o desabafo da alma do poeta.
Mas vamos ao texto.
Às vezes eu penso que seria melhor deixar o “barco rolar”...deixar tudo como está, afinal de contas, se as pessoas estão felizes dessa maneira, ouvindo seus pastores falando de coisas que as deixam eufóricas, e com mais vontade de Deus, que mal há?
Só que existe um detalhe:

Quando não se fala de relacionamento, amor ao próximo, caridade (diferente de filantropia).
Quando não é ensinado que, o ser cristão, não é necessariamente um requisito para a felicidade e nunca mais sofrer. Quando não é dito que, mesmo “servindo” a Deus, poderá vir e certamente virão os “dias maus” como disse Paulo...
Então eu volto para o chão e vejo que muitos cristãos hoje, estão totalmente despreparados para sofrer...condição essa, que nos aproxima mais uns dos outros.
Riquesa...nos afasta das pessoas.
Classe social...nos afasta.
Cor...nos afasta.
Nível intelectual...também nos afasta.

O sofrimento não, ele nos faz ver que somos iguais. “A dor dói com a mesma intensidade em toda carne”.

Volto então a escrever contra a perniciosa “teologia da prosperidade” onde estão embutidos os seguintes pensamentos:

-Achar que crente não fica doente.
-Que ungido de Deus não é tocado.
-Que pobreza é sinônimo de provação. (Quando muitas vezes é só falta de capacitação profissional)
Esses são apenas alguns dos sofismas criados por pregadores avivalistas da atualidade.
Tema esse muito bem abordado no livro: “A arte dos sofistas na pregação pentecostal” de Esdras Gregório, um jovem autor autodidata e membro da Assembléia de Deus de Campinas.

O Esdras expõe de forma contundente o comportamento, tanto do pregador, quanto do ouvinte ingênuo desses profissionais do púlpito. O livro é uma “pérola” para todos que também não coadunam com o mercantilismo que se tornou a pregação do Evangelho no Brasil. (A editora é Jeová Nissi Rio de Janeiro ano 2008)
Trechos do Livro:
Desde que a pregação seja “bíblica”, o pregador acha que pode ser, sem ser “anti-biblico”, “extra-biblico” à vontade e fazer as conjecturas mais inimagináveis, acreditando que isso se justifica, porque parte de um texto das Escrituras sem adulteração. Para isso os sermões sobre passagens do antigo testamento, caem como luvas, pois a possibilidade de usá-lo de forma arbitrária, por causa da sua natural ambigüidade, favorece que ele diga um monte de coisas, apoiando-se em um texto bíblico.

Neste caso a imaginação predomina e a bíblia se torna a fonte de sermões bonitos que nos encantam, e não manancial de Vida e Conduta. Toda pregação pentecostal avivalista parte de um pressuposto, o qual é um problema ou uma necessidade, e oferece uma solução, como se o Evangelho fosse uma panacéia para as tristezas e as dificuldades dos homens, e não o perdão e a cruz de Cristo, outorgada e imposta sobre Seus discípulos.
A pregação se torna uma promessa sobre determinadas condições:
Realizar sonhos, resolver problemas e garantir vitórias.
Pelo ínfimo preço de:
Dar alguns “Glórias a Deus”, e “Aleluias” (Pág. 96)

No entanto, se as pregações modernas em vez de nos preparar para o mundo real, com todas as suas dores e desilusões, tem-nos dado, analgésicos e narcóticos. Ou é porque os pregadores não aprenderam ainda o que é carregar a cruz de Cristo e ser peregrino errante nessa terra, ou porque são médicos e farmacêuticos, que vivem das nossas doenças! (Pág.111)
Basta ler os sermões dos heróis da fé protestante para perceber o quanto são vagas as pregações pentecostais modernas. A mensagem avivalista é “tão boa” e tão ruim quanto ler, de uma só vez, uma caixinha de versículos de promessas. Ela diz tudo e não diz nada ao mesmo tempo, porque é composta de verdades fora de ocasião, desvinculadas de um preceito maior e manipuladas para causar reações. Tais verdades não produzem, na mesma medida em que são prometidas e determinadas, as bênçãos idealistas e “transcendentais”, em uma realidade “fatalista”, demasiadamente comum e trivial das vítimas dessas pregações, que latem, latem, mas não mordem. (Pág. 123)
Como vocês viram nesses pequenos trechos do livro, ele retrata uma realidade que muitos evangélicos já não conseguem mais ver (Boa parte deles na verdade não querem ver), pois o sofisma criado pela elegância da pregação “conferencista” passa a ser a verdade absoluta na vida da alma oprimida pelas agruras da vida.
Agradeço ao Esdras pela permissão me dada para usar partes de sua obra neste meu artigo. (Quem quiser conhecer um pouco mais sobre esse jovem autor, visite o blog http://cristianismoa-religioso.blogspot.com/
Que Deus continue nos unindo!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Lamentações de um pai

A impressão que eu tenho é que eles não precisam de mim
Posso até ser criticado e chamado de insensível por agir assim
Mas é exatamente por causa da minha sensibilidade que eu me distancio deles
Pois a distancia me faz suportar com mais braveza a saudade que sinto daqueles

Como posso não amar aquilo que é fruto do meu amor?
E que vão sempre habitar no mais profundo do meu coração por onde eu for
Um dia é bem possível que eu me arrependa muito dessa minha atitude
Então vou poder entender quantas bobagens fazemos em nossa juventude

Será um milagre se eles já adultos, sentirem amor por mim
E compreenderem os reais motivos que me fizeram agir assim
Anelo que eles conheçam, assim como eu conheci, o grande amor de Deus
E não se tornem por culpa do pai, em incrédulos ateus

Espero também, que eles descubram que aquilo que Deus é, foi demonstrado nas obras de Jesus
Que por amor a humanidade, entregou seu corpo pra ser pendurado na cruz
Que eles aceitem a verdade, de que não é o sangue escorrendo do alto do madeiro
Que revela o amor escandaloso do único Deus verdadeiro

Mas sim o perdão depreendido pelo messias àqueles que lhe faziam mal
Mostrando que o amor de Deus realmente é incondicional
Gostaria de ter apenas uma fração dessa capacidade de perdoar
Mas por me faltar essa tão bela qualidade, só me resta esperar

O tempo se encarregará de me ensinar, talvez da formas mais doloridas
Que um pai jamais deve se afastar de seus filhos, causando em todos feridas
Que pode até se curar, pois o tempo também é aliado
Mas a cicatriz ficará, no coração do filho magoado

Deus em sua eterna morada deve sentir minha dor
Pois também se afastou de um filho, e até lhe negou seu favor
Mas a causa de Deus era nobre, salvar a humanidade
A minha é até egoísta, não passa de vaidade

Espero que me perdoem, todos que estão lendo
É que nenhum de vocês sabe, o tanto que estou sofrendo
Os dias se tornam meses, mas não consigo acostumar
A viver longe dos filhos, que nunca deixei de amar

Essas são as lamentações de um pai desesperado
Que chora quando se lembra, o quanto agiu errado
Com os filhos com a esposa com os pais e os irmãos
Cedendo aos desejos carnais, do enganoso coração

Terminarei este ensaio, com os olhos fitando o céu
Que começou até poema, mas terminou em cordel
Agradeço a Jesus Cristo, que em meio à provação
Concedeu-me um amigo, que me vale mais que um irmão

Seu nome não vou falar, mas saibam que não é velho
Ele me ajuda a escrever no blog outro evangelho
Ele me disse que gostaria, de não ser tão racional
Que quando era mais moço, era mais emocional
Eu lhe digo amigo irmão...pra você se comover
Assim como este amigo...também vai ter que sofrer

Lamentações de Edson Moura

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

"A Dor"


Por Edson Moura

Ele grita o nome de sua mãe!

Mãe! Faça essa dor passar, por favor! Eu já não estou mais agüentando!


Ele nunca pensara que iria ter que suportar esse tipo de sofrimento. Algum sábio de sua época, dissera em certa ocasião que a angústia, e o sofrimento, estava intrínseco na vida do ser humano, mas ele não imaginava que aconteceria daquela forma, não naquela madrugada fria, que só fazia aumentar a sensação de dor.


Os amigos não podiam ajudá-lo, aliás, nem um deles estava por perto na hora em que ele mais precisava.


O irmão mais novo tentava consolá-lo dizendo:

Fique calmo irmão, logo isso tudo vai passar. Já mandei nossa irmã buscar ajuda, ao menos um “anestésico romano” (uma mistura de vinho e mirra, usado para entorpecer os condenados à morte), só lhe peço que beba, não recuse, pois não quero vê-lo nessas condições.

Enquanto se contorcia tomado por uma dor lancinante, lembrou-se daquela vez em que por descuido, martelou o dedo enquanto fabricava uma cadeira na oficina de seu pai. E também daquela outra vez em que uma farpa de madeira entrara bem por baixo de sua unha fazendo-o chorar.

Mas agora era diferente, bem diferente de tudo pelo que já havia passado. Já não conseguia abrir os olhos, a cabeça doía como se estivesse presa em um torno e alguém apertasse cada vez mais.

Sua mãe sentia-se totalmente incapaz de livrá-lo disso, pois sabia desde que ele nascera, que mais cedo ou mais tarde iria passar por essa aflição.


É o destino, é a vida. Pensava consigo.


Ela também relembrava de quantas vezes seu menino caíra jogando bola com os outros garotos, e voltava para casa aos berros, mas bastava um beijinho no arranhão e pronto, já saía correndo para retomar a brincadeira.


Mas agora era sério.

Ele já é um homem, não tinha mais motivos pra fazer “dengo”. Ele realmente estava no seu limite.

Onde está meu pai? Esbravejou ele.

Por que ele me abandonou nessa hora?

Será que ele não entende que eu estou a ponto de morrer?

Nesse exato momento seu pai irrompe casa adentro trazendo consigo uma silhueta, que ele não conseguia distinguir quem era.

Filho!

Este é Lucas.

Dizem que ele é um ótimo médico.


Ele sabe o que fazer para acabar com seu sofrimento.

Então o homem se aproximou da beirada do leito do rapaz de 19 anos e disse:

É! Não tem jeito mesmo.

Vamos ter que extrair esse dente Jesus.

domingo, 6 de dezembro de 2009

"O futuro para Deus...o Deus do futuro...o futuro sem Deus"

Por: Edson Moura

Futuro!...Eis aí um tema que inquieta a todos. Para um cristão da atualidade, perguntar se Deus conhece todo o futuro, é perda de tempo, pois sua resposta certamente será a seguinte: “O futuro a Deus pertence!”. Ele nem vai se dar ao trabalho de pensar um pouco sobre o assunto.

Na verdade o cristão (pelo menos em sua maioria), literalmente foge de alguns assuntos, não sei se por medo, ou se por “preguiça de pensar”, ou se por limitação intelectual. (duvido muito que seja esta última, pois até o mais estúpido dos homens é capaz de refletir sobre a existência, a menos é claro, que ele não esteja com suas faculdades mentais em ordem)

Minha intenção com este artigo, não é presunçosamente, querer responder às grandes questões da humanidade, mas sim, levar o maior número de leitores à reflexão sobre Deus, vida, sofrimento, prazer, mal e é claro...o futuro.

A pedido de um amigo, resolvi abrir o verbo neste artigo, mas, se você se considera despreparado espiritualmente para ler algumas linhas que muitos consideram heresias, sugiro que interrompa agora a leitura. Depois não digam que eu não alertei. Vou caminhar por uma linha muito tênue entre o Cristianismo, a cristandade, e o ateísmo. Reconheço que o que escrevemos aqui pode levar muitos à descrença de tudo, mas, quando o indivíduo suporta essas verdades( eu considero verdades), sua fé será inabalável, pois ele terá raízes tão profundas quanto as de uma Palmeira imperial.

Acho que todos os livros e cartas da nossa bíblia, devem ser questionados, pois segundo me consta, o próprio Paulo elogia um povo que desconfia dele, então devemos desconfiar quando o assunto é a palavra de Deus.

Acho que a liturgia cristã deve ser reavaliada, pois o que para muitos hoje é coisa corriqueira ou verdades imutáveis, são vistos com estranheza por outros povos. Querem ver?

Os Maçons meditam numa sala com uma caveira (Representando a morte), é um ritual um tanto quanto estranho, você não acha?

Os hindus entoam cânticos diante de um elefante com quatro braços de nome Ganesha (acho que todos puderam ver isso na última novela exibida em horário nobre). Também é estranho, e muitos de nós consideramos isso ridículo, mas essa é a crença deles.

O que dizer dos Cristãos então?

Nós oramos ou rezamos ajoelhados, diante da imagem de escultura ou mentalizando um homem totalmente ensangüentado e desfigurado coroado com espinhos do deserto, pregado pelos pés e pelas mãos numa cruz. Eles por lá, acham isso muito estranho.

Não sei ao certo,quando comecei a pensar nesses assuntos tão polêmicos, nem quando foi que eu comecei a me perguntar de Deus sabia mesmo o futuro, (acho que foi logo depois de deixar de acreditar que é preciso existir milagres para poder crer em Deus, ou depois que, mesmo muitos dizendo na igreja que eu era uma” benção”, acabei cedendo às tentações do mundo e praticando coisas horríveis, que tiveram uma reação em cadeia,e aqui estou...só!) mas vi que essas questões dizem respeito à nossa fé. Comecei pensar:

Será que Deus sabia de tudo isso e deixou acontecer?

Será que o diabo venceu essa batalha e me arrastou da igreja onde era cooperador, para me destruir, e afrontar a Deus?

Não, não e não!

Foram minhas escolhas! E Deus não interferiu nelas. Sabe por que?

Porque sou livre! Ele me deu essa liberdade, e não me vai “marionetar” até o fim da vida, para eu não tropeçar.

Temos hoje nas mãos, potencial para grandes mudanças filosóficas no nível mundial.
Mas as questões aqui levantadas são complexas demais, ou deveria dizer "engessadas" demais? A teologia já deu seu veredicto, e muita coisa não vai ser mudada. O que pode mudar é como vemos essa teologia.

Faço algumas perguntas para nós mesmos e sinceramente, não espero respostas e sim reflexões sobre o tema, no mínimo aceitável, de todos. Não tenham medo de “arrazoar”, pois Deus gosta disso. “venham então, e argüi-me, diz o Senhor”

Alguns pregadores da teologia da prosperidade desprezam o papel da razão no desenvolvimento da fé cristã, afirmando que ela desvia o cristão de sua espiritualidade. Observamos no pequeno trecho de Isaías 1:18, que o próprio Senhor chama o povo à razão. Sem dúvidas Deus demonstra que a razão é importante para o cristão.

Filosofia é uma área muito perigosa para se andar. Costumo dizer ao Marcio que, para o cristão, esse caminho é um “fio de navalha”. Um amigo muito querido embora não o conheça pessoalmente, que pensa tanto que até criou uma “sala só para os pensamentos”, se perguntou:

O que é o homem?

Tentei ajudá-lo assim: Posso dizer sem medo de estar errado, até porque “herrar é umano”, e isso eu sei muito bem, pois sou um deles (humano), que o homem não sabe, ou não tem certeza de quem é.
E não sabe, ou não tem certeza de para onde vai.

Não sabe qual é o sentido dos insignificantes ou mega-eventos que se sucedem em sua existência e mais grave ainda, afasta essas questões de seu horizonte no cotidiano, tornando-se uma pálida imagem daquilo que está chamado a ser.

Quando a nossa natureza toma conhecimento de si mesma na figura do homem, a razão se estabelece como pilar da busca pela compreensão. Na busca e na incerteza o homem decidiu viver de acordo com sua razão na tentativa última de experimentar um pouco de lucidez em meio a tanta inquietação.
O homem encontrou na razão as possíveis asas que o levariam a levantar os vôos em busca da liberdade. Entretanto, mesmo que a razão e a liberdade sejam os fatores que constituem a busca humana pela vida, não passam de instrumentos na tentativa de uma compreensão ampla da vida e de si mesmo.

Conseqüentemente outras perguntas se levantam:

Por que vale a pena viver?

Qual é o sentido da vida?

Por que existem a dor e a morte?

Qual é a razão do sofrimento humano?

Onde Deus está nessa história?

Ele sabe de tudo, inclusive de nosso futuro? (cheguei onde queria)

As inquietações humanas se manifestam como expressão da própria natureza da razão e está na raiz de todo movimento humano. Na cultura, o fruto do exercício desta razão, é a religião. O desejo de compreender o sentido último da existência revela o senso religioso. A religião se apresenta como resposta mais plausível (e eu considero isso um erro) na busca inquietante por significado. O homem é homem porque não cessa de interrogar-se sobre o sentido do mundo, e não apenas porque é capaz de agir sobre ele, ou moldá-lo de acordo com suas necessidades. O homem se desespera (pelo menos eu me desespero) buscando além de si a compreensão de sua origem e destino.

As perguntas estão aí! Fiquem à vontade para me ajudar a compreender a mim mesmo um pouco mais. Em meio a tantas dúvidas, eu tenho uma certeza: Deus existe e um dia eu o verei!

Pena que fé não tenha outra explicação a não ser a de Paulo:“Fé é o firme fundamento das coisas que não se esperam, e a prova das coisas que não se vêem”

O que será do homem, quando os grandes e ocultos mistérios da nossa efêmera existência nos forem revelados? Quando, de uma hora pra outra, ficar provado de maneira categórica e irrefutável, que as nossas crenças que são aceitas por meio da Fé, são verdadeiramente... fatos? Ou se for provado que tudo o que cremos, são apenas mitos?

Querem tentar responder ou acham que determinadas questões devem permanecer sem resposta?

Veja o caso dos mórmons: Se ficasse provado que Joseph Smith, era um louco, e que não encontrou óculos mágicos nenhum, nem livro de ouro? O que aconteceria com os fiéis? E se ficasse provado que Sidarta Gautama não atingiu ponto máximo nenhum de evolução e que ficou "gordão de tanto comer"? Que seria dos budistas?

Se descobríssemos que o mar vermelho não abriu, que os muros de Jericó não caíram, que o "Jardim do Éden" nunca existiu de fato é apenas símbolo, muito menos "pecado original"? Que seria dos irmãos menos cultos que vivem estas verdades?

Irmãos já deixei de crer em muitas coisas nessa minha caminhada rumo à "cidade celestial", mas outras, por mais que eu me esforce, ainda não consigo. Minha Fé é testemunhal, ou seja:

Creio porque testemunhas oculares, viram coisas tão surpreendentes que aceitaram mortes bárbaras para defender o que "acreditaram ter visto". Eles morreram com um ideal...o ideal de Cristo. Eles carregaram uma bandeira e lutaram por uma causa. E qualquer causa que valha a sua própria vida, deve ter uma ponta de verdade nela.

E não venham me falar dos doidos que jogaram o avião nas torres gêmeas que isso não vale! Fico por aqui...

Abraços e não deixem de responder!

Edson Moura