segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

"Tipos psicológicos" C. G. Jung


Jung desenvolveu uma teoria de tipificação onde cada indivíduo foi caracterizado de acordo com sua orientação. Assim, as pessoas poderiam ser orientadas para o seu interior ou para o seu exterior. Para Jung, entretanto, o indivíduo não é totalmente introvertido (orientado para o seu interior) ou extrovertido (orientado para o exterior). Algumas vezes a introversão prevalece, em outras a extroversão é mais apropriada. Ambas, no entanto, se excluem mutuamente, de forma que não se pode manter as duas prevalecendo ao mesmo tempo. Ele também enfatizava que nenhuma das duas seria superior, melhor ou mais adequada que a outra, afirmando que o mundo precisaria dos dois tipos de pessoas.


Os introvertidos concentram-se em suas próprias idéias, tendendo à introspecção. O problema de tais pessoas é viver de forma exagerada em seu mundo interior, perdendo o contato com o mundo exterior e com os estímulos que lhe são inferidos. O consumidor distraído, é um exemplo claro deste tipo de pessoa absorta em suas reflexões.


Os extrovertidos, por outro lado, são envolvidos com o exterior das pessoas. São, normalmente, mais sociais e mais preocupados com tudo que ocorre à sua volta. Se protegem para não serem dominados por outras pessoas e são muito mais facilmente convencidos. Esses consumidores são tão orientados para os outros que podem facilmente ser levados a mudar sua opinião ou convicção, ao invés de demonstrarem suas próprias idéias.
As Funções Psíquicas

Jung apresenta quatro tipos psicológicos: Pensamento, Sentimento, Sensação e Intuição. Cada um desses tipos pode ser tanto introvertido quanto extrovertido.


O Pensamento

O pensamento é uma maneira opcional de elaborar julgamentos e tomar decisões. O Pensamento, está relacionado à verdade, com julgamentos derivados de aspectos não pessoais, lógicos e não subjetivos. As pessoas que se encaixam na função do Pensamento, são reflexivas. Esses tipos gostam de planejar e se prendem a suas idéias, planos e teorias, mesmo que por isso, sejam confrontados com idéias contrárias.


O Sentimento

As Pessoas do tipo sentimento são orientados para o aspecto emocional. Preferem emoções e experiências fortes e intensas, mesmo que negativas, a experiências que não tragam emoção. Os princípios não materiais são mais aceitos e valorizados pela pessoa sentimental. Para este tipo de indivíduo, tomar decisões deve ser de acordo com as idéias e julgamentos próprios, como por exemplo, o sim e o não, o bem e o mal, do certo ou do errado, do que agrada ou não, ao invés de julgar em termos de lógica ou racionalidade, como faria uma pessoa com a função Pensamento mais desenvolvida.


A Sensação

Jung classifica a sensação, como uma maneira de obter informações, diferentemente da forma de chegar a uma decisão. A Sensação se volta para a experiência direta, com detalhes, de fatos racionais, materiais. A Sensação se refere ao que uma pessoa pode ver, tocar, cheirar, ouvir, e sentir materialmente. É a experiência racional e se sobrepõe sobre a dúvida ou a análise do que se experimenta.
Os indivíduos sensitivos tendem a ser imediatistas com resultados visíveis no momento, e sabem lidar, tranquilamente, com aspectos negativos. Em geral estão sempre prontos para o aqui e agora.

A Intuição


A pessoa intuitiva processa o conhecimento e os sinais em termos de experiências já vividas e objetivos a serem alcançados através de processos inconscientes. Os resultados das experiências são mais importantes para os intuitivos do que a própria experiência em si. Os intuitivos obtém e decodificam os sinais e as informações rapidamente e relacionam, automaticamente, a experiência já vivida com o que pode ser usado na experiência atual.

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