segunda-feira, 26 de julho de 2010

“Vamos criar deuses?”

Ao redor de uma fogueira, milhares de anos atrás, no tempo ocioso que separava o fim das tarefas diárias da hora de repousar, os nossos antepassados começaram a contar histórias. Com elas, tentavam encontrar respostas para as coisas que não compreendiam. O por quê de existir o Sol, a Lua e as estrelas que surgem e somem no céu. Quem comandava os raios e tempestades? O que acontece depois que morremos? Como tudo isso ao meu redor foi criado? E o mais inquietante: “Por que estou aqui?”

A base da mitologia é o esforço permanente e contínuo de entender o mundo e o próprio homem. Histórias maravilhosas passaram de geração à geração e, à medida que foram contadas e re-contadas, tornaram-se mais magníficas, ganharam também mais personagens e variantes. Explicações para fenômenos físicos adquiriram uma dimensão sublime.

Não existe nenhum grupo cultural ou étnico na Terra que não associe a origem do universo (mundo), dos seres humanos, da fauna e da flora, dos acidentes geográficos a uma força superior, “sobre-humana”. Deuses e heróis convivem com a humanidade desde a aurora de nossa espécie. E essas histórias, que não têm autores, ainda continuam a nos encantar.

Os mitos afiavam o pensamento abstrato, estavam presentes e alimentavam o cotidiano do homem. Por que fazer um ritual de sepultamento ao invés de abandonar o corpo para os animais comerem? Na Espanha, homens primitivos pintavam suas caçadas nas cavernas. Na África, estatuetas representavam mulheres de nádegas e seios fartos.

Para muitos arqueólogos e antropólogos, as pinturas evocavam o sagrado em busca de melhor sorte e proteção na próxima caçada. A estatueta é o símbolo da “Mãe Terra”, uma deusa da fertilidade e, para muitas culturas, a força motriz que deu origem ao mundo.

Povos de todo o planeta forjam seus heróis e deuses de acordo com aquilo que têm à mão. Os nórdicos do norte da Europa achavam que o mundo começara no embate, em um grande campo de gelo, entre o “calor” e o “frio”. Para os gregos, os deuses viviam em uma montanha, assim como para os indianos.

Os habitantes do oeste da África imaginavam que a origem do mundo era um grande “ovo cósmico” (assim como os chineses). O homem pré colombiano nascera do milho, já em outras culturas ele veio da argila, do barro, da madeira, ou do sopro divino. Em muitas das crenças, fora difícil chegar à humanidade, e os deuses criavam e destruíam vários protótipos. Ao mesmo tempo, os personagens mitológicos lidam com sentimentos humanos como: a raiva, a vergonha, o ciúme, a culpa. (sejam deuses, sejam heróis ou mortais).

Não foi por acaso que a psicologia e a psicanálise foram buscar em histórias ancestrais, os exemplos para suas hipóteses. O suíço Carl Gustav Jung defendia a existência do “Inconsciente Coletivo” (uma grande herança de imagens e símbolos que cada um de nós carrega, tal como um DNA). O próprio Freud (Fróid) usou o mito de Édipo como motivo em seus textos. Aliás, não podemos nos esquecer, que as relações incestuosas são abundantes na mitologia e a destruição do pai pelo filho, um tema recorrente.

A relação com os deuses em geral é bem complicada para nós humanos. Eles são seres superiores que ajudam os homens, lhes dão a luz do Sol, conhecimento e sabedoria. Mas também têm uma cólera divina, exemplificadas nas histórias de dilúvios e inundações da África, Oriente Médio, nas Américas, no sul e leste da Ásia e na Europa. Punições aos homens são freqüentes , e muitas delas projetam o fim dos tempos, das narrativas Astecas às indianas, cada uma à sua maneira...

Edson Moura

Fontes: "Dicionário Oxford de Mitologia Celta"
            "Psicologia Analítica de Jung"
            "Os Mitos antigos e o homem moderno"
            "O Homem e seus símbolos, editora nova fronteira"
            "Dicionário do Folclore Brasileiro"
            "História del mundo Antiguo, Susan Wise Bauer"
            "Anatomia da civilização, 1992 Barry J. Kemp"
            "Los sacerdotes en lo egito antiguo, 1998 Madrid Elisa Castel Ronda"
            "Filme Tempos modernos de Chaplin 1936"

27 comentários:

  1. 2] Não seria verdade afirmar que os deuses foram criados à semelhança dos seres humanos...e não o contrário? A maioria dos deuses gregos chegou até nós graças aos grandes poetas épicos, como Homero e Hesíodo, que compilaram as façanhas dos deuses...semideuses e heróis.

    Mas muitos filósofos antigos questionaram a maneira como os poetas apresentavam as divindades. Segundo Platão, Homero teria atribuído às divindades, ações indignas de um deus.

    A castração de Urano por Cronos não escapou das críticas...para Platão era um absurdo que um deus pudesse fazer isso, e mesmo que esses epsódios fossem verdadeiros, deveriam ser contados à iniciados, não para crianças e para a população em geral.

    Mas não era assim.

    As lendas com cenas de amor...rivalidade...ódio, enfim, sentimentos tão presentes em nós mortais, se transformaram em histórias que permeiam a civilização Ocidental, e serviram de inspiração para alguns dos maiores gênios da pintura e da música e até para o pai da psicanálise, Sigmund Freud. Mais do que qualquer coisa, essas lendas são a base de nossa cultura.

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  2. Os contos mitológicos são fantásticos. Adoro ler mitologia. Mas vou levantar umas questões:

    porque será que o homem primitivo foi inventar logo os deuses e os mitos para explicar o mundo? O que quero dizer é de onde veio a inspiração para que os deuses fossem inventados? Ainda não consegui ler uma explicação razoável. É claro que os novos ateus (os enganjados na luta contra a religião) são da opinião que a evolução nos dotou da capacidade de transcendência e religiosidade para que pudéssemos vencer como espécie. Então, em última análise, quem criou os deuses foi a evolução biológica.

    Mas aí, fica a pergunta: Então os ateus seriam geneticamente defeituosos por não terem a capacidade de crêr na transcendência?

    (escrevi um texto sobre isso lá na sala do pensamento).

    Bem, fica evidente que a capacidade de criar deuses é algo que está muito além da evolução.

    Outra questão: A noção de como os deuses agiam e como eles eram também foi se modificando como você cita no teu comentário. O El, deus arcaico dos primeiros hebreus, era totalmente antropormófico, como o eram os deuses na cultura antiga.

    Acredito que o monoteísmo e a transcendentalidade de Deus sejam ideias mais evoluídas do que o politeísmo dos deuses que possuiam todas as virtudes e defeitos dos homens.

    O Deus Javé da época dos grandes profetas de Israel já não possui muitas dos defeitos humanos. Mas possui as virtudes em grau elevado, como o amor e o perdão e que dirige a história para um fim elevado: Ser tudo em todos.

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  3. 7] Edu meu capitão, realmente sua pergunta é inquietante, eu admito que não posso respondê-la. A intenção no texto, por mais que você não acredite, é apenas expor as histórias dos mitos...e não desmitologizá-los.

    Pretendo, no decorrer dos comentários, traçar um paralelo entre todas as crenças de todas as culturas que pude averiguar. Você bem sabe que existem similaridades às pencas entre uma mitologia e outra. A pergunta é: Onde o cristianismo se encaixa nelas?

    Por exemplo: Na mitologia indiana existe outro mito sobre a criação do homem, no qual p primeiro humano, chamado Manu, usou as costelas para criar uma companheira...isso soa familiar? E não esqueça que a mitologia Indiana remonta à 2.000 anos antes de Cristo.

    Outro exemplo: O Humano Manu salvou o deus Vishnu uma vez quando ele se tranformou num peixe e cuidou dele até que ele se recuperasse. Quando ele se recuperou, devolveu-o ao mar. Um dia ele voltou e pediu que Manu construísse uma grande arca e guardasse um monte de sementes dentro dela para escapar de um dilúvio. Você já ouviu isso em algum outro lugar?

    Mais um exemplo: Na mitologia egipcia, o deus Hórus castrou o tio Seth semelhante à mitogia grega onde o deus Cronos castra o pai Urano.

    Mitologia Nórdica: Sabemos que a sociedade nórdica era dominada pelos valores aristocráticos da casta guerreira. Isso se refletia na religião Viking. Os guerreiros que morriam em combate renasciam em Asgard, a terra dos deuses, e passavam a morar no palácio de Valhala...construído por Odim. Bem parecido com a fé cristã no céu preparado por Deus.

    Também existe na mitologia pré-colombiana, muitas similaridades com a mitologia cristã e celta. Neste caso já é muito mais difícil explicar de onde surgiu a crença...uma vez que o Atlântico separa os dois continentes. Diz a lenda que após várias tentativas de criar o homem os deuses Gucumatz e Huracán fizeram o homem de madeira e a mulher de junco...mas estes não os adoraram. A solução foi a mais manjada de todas: E só mandar uma inundaçãoe acabar com a raça. e assim foi feito.

    Nessta mesma lenda, eles finalmente acertaram a mão e fizeram o homem e a mulhar de milho. A única diferença é que eles fizeram 4 de cada sexo. e viu que eles eram muito inteligentes então sopraram uma neblina em seus olhos para que só enxergassem de perto e nunca tentassem virar deuses. Desses casai surgiram os povos da América Central. (bem mais aceitável do que o incesto da mitologia da cultura judaica).

    Edu, vou dormir agora...mas repito:

    Não quero mais "acabar" com a religião. Apenas quero mostrar os dois lados da moeda...os leitores que façam a comparação.

    Abraços!

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  4. EDUARDO

    Assim como você também gosto bastante, embora não conheça tanto quanto o EDSON, de mitologia.

    Porém, quero me aventurar em responder suas ótimas questões levantadas.

    Sua fala: “porque será que o homem primitivo foi inventar logo os deuses e os mitos para explicar o mundo?”.

    Minha resposta: Como a raça humana primitiva não se disponha da alta tecnologia como nós temos hoje, dos recursos científicos, necessitando assim, de explicações plausíveis para os fenômenos tidos hoje como naturais, utilizou-se então como recurso racional o mito.

    Portanto, ao contrario do que muita gente imagina, o mito não é contrario a racionalidade, muito pelo contrario, foi se utilizando da mesma, que criou os mitos como explicação racional para os fenômenos até então desconhecido pelos homens primitivos.

    Sua fala: “O que quero dizer é de onde veio a inspiração para que os deuses fossem inventados?”.

    Minha resposta: Para complementar minha fala anterior, a inspiração veio da necessidade racional de se dar explicação ao mundo, céu e cosmo até então inexplorado e desconhecido.


    Mas como disse, de mito conheço quase nada, muito pouco mesmo, portanto, quero ouvir a explicação de quem conhece mesmo o assunto....EDSON e EDUARDO!

    Abraços

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  5. HUBNER

    Me diz ai, o que você acha destas semelhanças dos mitos universais com os mitos judaico-cristãos???

    Sendo alguns desses, mais antigos do que os próprios mitos judaico-cristãos???

    Ou você acha que só os mitos das outras culturas e povos que são mitos, mas as da cultura judaico-cristãos são historias verdadeiras???

    Então, qual seria sua explicação – se é que tens uma – para tão grande semelhança dos mitos universais com as da cultura judaico-cristãos????

    Aguardo suas respostas.....................

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  6. (10) você tinha pedido para numerar né? esqueci...rsss ô marcinho, vê se numera seus próximos comentários.

    Todas esses mitos são fantásticos. Mas Edson, o tipo de pergunta que você faz como "Você já ouviu isso em algum outro lugar?" não me diz nada, pois eu nunca acreditei que as narrativas do Gênesis fossem literais. Bom, eu acreditava quando tinha uns 15 anos...

    Sabe o que isso tudo nos mostra? A incrível convergência daquilo que Jung nomeou de inconsciente coletivo.

    Todos os mitos cosmogônicos possuem um ancestral em comum. Só que esse mito primeiro está perdido nos porões do inconsciente da humanidade. Gosto muito da mitologia nórdica e Thor, o deus do trovão, foi meu herói favorito durante anos rssssss como você sabe, até hoje leio suas estórias na revista dos Vingadores.

    Mas eu vejo sim uma diferença fundamental no mito bíblico e no mito dos outros povos (sabendo que o mito bíblico faz parte dessa tradição que vem de eras primordiais) que a tentativa do escritor bíblico de desmitologizar os mitos babilônicos com um novo mito tendo como protagonista, seu deus Javé.

    Na narrativa bíblica não há guerra de deuses. Sol e lua não são mais divindades mas corpos celestes criados pela palavra do único deus existente.

    Evidente que cenas comuns sobreviveram no mito bíblico: a criação do homem do barro, a criação da mulher da costela do homem, o dilúvio...

    O que é novidade no relato bíblico é exatamente a ausência de deuses em querra, a relativização dessas divindades e a noção de um monoteísmo nascente.

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  7. (11)

    Marcinho, valeu pela tentativa. Concordo com você que existe uma racionalidade no mito. Pelo menos uma racionalidade primitiva. Mas é bom também nos lembrarmos que os tais "povos primitivos" foram capazes de criar coisas que até hoje nos impressionam: as pirâmides do Egito, a muralha da china, o alfabeto, a escrita...

    Mas esse "mito primordial", esse primeiro insight do primeiro humano que racionalizou que deveriam existir seres superiores está perdido nas "areias do tempo"...(já leu esse livro do Sheldon, Edson??)

    Tem também o fato de que todo mito está baseado em uma realidade que precisava ser explicada de algum modo. Ora, se existiam humanos, deveríamos ter vindo do barro, da terra, já que é da terra que sempre tiramos nosso sustento e é a terra que sustenta toda a vida vegetal.

    E existe algum absurdo dizer que nós viemos da terra? mais de 90% dos minerais que temos em nossos corpos estão presentes na terra, demonstrando aí que temos uma ligação "carnal" com a natureza.

    Na verdade, a vida começou na água na interação do hidrogênio e do Hélio. Absurdo? não, a ciência diz. Somos feitos de minerais, gases, água...somos um com os elementos da natureza.

    O mito só queria entender como tudo isso veio a fazer sentido. Bom, até hoje a ciência mais materialista diz que nada disso tem mesmo sentido, e tudo se combinou aleatoriamente. Esse é o nosso mito moderno. ..

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  8. (12)

    marcinho, minha pegunta:

    “O que quero dizer é de onde veio a inspiração para que os deuses fossem inventados?”.

    Você respondeu

    "Minha resposta: Para complementar minha fala anterior, a inspiração veio da necessidade racional de se dar explicação ao mundo, céu e cosmo até então inexplorado e desconhecido."

    Certo, mas você não respondeu o porquê dessa explicação ter sido construída a partir da invenção dos deuses.

    Porque não foi pensada outro tipo de explicação para o mundo? Tudo bem que eles não tinham a ciência, só a observação e o raciocínio. Mas por que será que ninguém pensou: "Tudo veio a existir de repente e por acaso". Porque o homem teve que inventar os deuses?

    Não creio que alguém tenha essa resposta.

    Alguns escritores mais heterodoxos e com boa imaginação, construíram a tese que os deuses na verdade, eram ETs que vieram ao nosso planeta nos primórdios da raça humana e por isso nossos ancestrais o tomaram por deuses.

    Um dos mais famosos é o livro "Eram os deuses astronautas?" escrito em 1968 pelo suíço Erich Daniken. Mas Daniken nunca foi levado à sério na comunidade científica.

    De uma coisa eu tenho por certo: uma civilização que foi capaz de construir as pirâmides do Egito, a torre de babel(um zigurate), a inventar o alfabeto, a matemática, os moais da ilha de páscoa, etc não eram nada "primitivas".

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  9. Caro Noreda!


    Vou lhe dizer por que não gosto muito de dizer “que o homem criou os deuses”. É que essa frase parece dar uma conotação de que o homem usou a sua vontade consciente para “criar”, quando na verdade os “deuses” surgem na mente independentemente do desejo consciente do homem. É como dizer que o homem cria os sonhos. Ora, os sonhos, como a linguagem mítica, são obscuros por ter um conteúdo latente(oculto) incompreensível à esfera da consciência.

    A psicanálise busca traduzir os devaneios que conseguem escapar da vigilância da consciência, e que se apresentam como símbolos à guisa de interpretação.

    Os mitos falam dos nossos sentimentos, em linguagem simbólica. A ira, o amor, a paixão, o ódio, o ciúme, a vingança, a inveja, o poder, são afetos nossos genuínos que são expressos pelo inconsciente de forma mítica.

    Em suma, o homem não criou os deuses; os “deuses” reinventaram o homem para rir dele. (rsrsrs)

    Abçs,

    Levi B. Santos

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  10. (3) tá certo agora o número????

    Gresder, essa é a teoria mais aceita mas não é definitiva. Muito aceita também é a teoria de Tylor que dizia que o homem via nas plantas, nas pedras, na chuva, etc, objetos animados, ou seja, com espíritos, daí o nome animismo.

    A verdade é que só existem teorias para explicar o lado religioso do homem.

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  11. (4) mas o Levi disse uma coisa da qual eu também acredito: o sentimento religioso nasceu quando nasceu a primeira consciência humana.

    Quando eu digo que os homens criaram deuses foi exatamente o que eles fizeram a partir desse sentimento que lhe veio junto com a psiqué, ou seja, a necessidade da transcendência. Nesse sentido, os homens criaram sim, vários deuses.

    No meu primeiro comentário eu disse que

    "porque será que o homem primitivo foi inventar logo os deuses e os mitos para explicar o mundo? O que quero dizer é de onde veio a inspiração para que os deuses fossem inventados? Ainda não consegui ler uma explicação razoável..."

    Eu me referia exatamente a isso. O porquê do homem ter criado os mitos e os deuses, o que levou o homem a isso.

    E quero cocertar a minha frase: para mim, a explicação mais razoável é exatamente a de que o sentimento de transcendência nasceu com o homem.

    Mas esse 'sentimento' não é algo criado pela seleção natural, ou algo genético, pois isso seria dizer que os ateus teriam um defeito genético.

    A transcendência e a consciência humana, devem ter vindo de uma transcendência e consciência "transcendentes" ao homem...chiiii...

    Agora, o que o homem construiu a partir disso, já sabemos.

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  12. 20] Edu, você estava certo antes na numeração dos comentários, mas acabou sendo confundido pela numeração que os outros participantes fizeram.rsss

    Tentando explicar por que o mito judaico não teve guerra de deuses, eu encontro apenas uma explicação aceitável: sabendo que constituía uma falha, ter deuses brigando entre si, "incoscientemente" se assim posso dizer, oa hebreus optaram por selecionar somente o que existia de "bom" nos panteões de deuses que já conheciam.

    Acredito que seja por isso que o Deus Javé, seja a expessão do homem levada a sua máxima potência de perfeição. Ora, não poderiam eles criar um Deus que não fosse acima de todos os outros...e perfeito em todos os atos.

    Edu, com certeza já lí o livro do Sidney, e até te recomendo outros 2 que na minha opinião são os melhores (se é que posso escolher os melhores dentre tantos) "O céu está caindo" e "Um rosto no espelho"...esses eu lí há mais de 7 anos.

    Mas Edu, se formos honestos, devemos entender que os deuses da mitologia cristã também vivem em guerra. Veja o caso do Satanás que foi isolado do céu (Olimpo) e mandado para a Terra (submundo), onde até os dias de hoje atormenta os homens tantando tragá-los para o "inferno".

    Amigo, sei que você está anos luz a minha frente em matéria de mitos e tem gabarito para levantar questões que eu jamais conseguirei responder (pois se você não conseguiu..quem sou eu para me arriscar? rsss)

    Obrigado pelo belo comentário!

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  13. 21] Mestre Levi Bronzeado, sua contribuição é de grande expectativa por minha parte, pois sei que se tem alguém que possa trazer clareza aos nossos pensamentos, esse alguém é você. Esperei que você comentasse para ver por quais caminhos eu andaria, pois o Edu foi direto no meu calcanhar de "Aquiles" (olha o mito aí) e fez as perguntas cuja resposta pretendia desenvolver a partir dos seus comentarios.

    Talvez eu tenha mesmo usado a palavra errada para expressar minha intenção, mas a conotação que dou é ambígua e pode ser interpretada de várias formas...assim como você o fez. Logicamente que os deuses surgem inconscientemente em nossa psique...pois acho que nenhuma pessoa "saudável" mentalmente, com excessão dos poetas, criaria deuses para levar uma civilização à crer. Posso estar errado.

    Se nós nos considererarmos livres pensadores, com uma mente independente para termos ideias únicas...absolutamente inovadoras...que jamais ocorreram a outros seres humanos...é melhor pensarmnos de novo. Quando analisamos o princípio da psicologia analítica do Carl Gustav concluiremos que a maior parte daquilo que pensamos, conjecturamos e acreditamos ter sido descoberto por nós mesmos, já foi pensada...já está escrita...e de certa maneira, já era predeterminada.

    Mesmo que tenhamos nascido em São Paulo...Paraíba...Cuba ou há 20 mil anos nas savanas Africanas, é a existência de esquemas mentais que habitam, de forma indefinida e etérea, os mais profundos recônditos de nossa mente. São eles os arquétipos, ou como a psicologia Junguiana classifica...o inconsciente coletivo.

    Jung estudou exaustivamente centenas de pacientes em suas pesquisas e percebeu que todos nós compartilhamos essa série de impressãos mentais inconscientes...independentemente de nossa origem, cultura e raça, que são determinantes para sermos o que somos.

    Sendo assim, e me corrija se estiver equivocado, ao nascermos, já trazemos em nossas mentes imagens genéricas da figura da mãe e do pai, de futuros parceiros, filhos, nascimento e morte. Essas imagens serão o norte de nossa jornada na existência.

    Não importa se tenhamos passado toda nossa vida em um orfanato, sejamos solteirões convictos ou que a menor sugestão de termos filhos nos dê coceiras, os arquétipos são, de certa forma, o depósito de toda nossa experiência ancestral...mas não necessáriamente a experiência em si. Nós os herdamos e os trazemos conosco, gostemos ou não.

    Assim como os contos de fadas e o folclore , podemos dizer que os mitos são a expressão desses no chamado inconsciente coletivo.

    Acho que todos nós já ouvimos a explicação simbólica da criação do homem, portanto não vou reescrevê-la aqui, e esse mesmo mito é encontrado nas culturas gregas, asiáticas, ioruba e de vários índios americanos.

    Heróis são moldados a partir daquilo que temos à mão...e para passar de herói à mito é só quetão de tempo (e quanto mais tempo melhor) e para passar de mito a deus, não preciso nem falar como se dá né?

    Valeu Leví! Vou tentar responder o Gresder agora, pois ele ficará uma fera se eu não comentar ainda hoje.

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  14. Que medo? Do que você esta falando? Não entendi o seu comentário em relação ao meu? Egito? Quem falou em Egito ou civilização? O culto (respeito) e reverencia aos mortos se da na família primitiva, antes mesmo das cidades, antes das civilizações!

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  15. 35] Ora Gresder, então seja mais claro, pois eu não sei de onde você tirou essa idéia. Se foram os povos mais primitivos que os egípcios (mais de 6 mil anos) então era um povo que não tinha descoberto a escrita. E como posso receber seu comentário como plausível se você não me dá explicações mais claras?

    Os povos primitivos ao extremo, pelo que me consta, deixavam seus mortos para serem comidos pelas feras. Aliás, até eles mesmos comiam.

    Seria uma idade pré-homo-sapiens? Seria na era jurássica? Sei lá, me dê a fonte pelo amor de Deus!

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  16. (29) Edson, o livro que o Gresder citou vale a pena a leitura de cada página. é um dos clássicos sobre o assunto.

    A tese de que a religião começa com a observação da morte é muito forte e deve mesmo ser o fato que deu o start para a construção dos mitos e das religiões.

    Mas a questão central que foi levantada apropriadamente pelo Levi e que reflete a ideia do inconsciente coletivo de Jung, como você também citou, é fundamental.

    A abertura para o além faz parte desse inconsciente coletivo da humanidade. Repito, creio que a transcendência para além de si e do mundo, nasceu com a primeira consciência, pois só assim ela seria o substrato original que posteriormente fundou esse inconsciente.

    Foi essa possibilidade de abertura para o além de si que possibilitou o homem primitivo olhar um cadáver e meditar sobre a vida e sobre o além da vida. Os deuses vieram depois.

    E por favor, Noreda, não diga que eu sei mais do que você sobre o assunto pois isso é uma tremenda injustiça contra você próprio. Aprendo com você, com Levi e com o Gresder sempre.

    Olha, do Sheldon eu li tudo. Só não li ainda os dois últimos livros publicados após sua morte. Foram dois né?

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  17. Caríssimo Noreda


    Um dia vou ver você escrevendo ensaios sobre “ Um Outro Evangelho à Luz da Psicanálise”. A porta foi aberta (rsrs)

    “...mas de onde vem essa inspiração pelos deuses?”

    Acho que a gente tem que deixar Jung um pouco de lado para retomar os conceitos de Freud, sobre esse nobre sentimento, que o Edu já deu seu palpite, teve início com a “consciência”. Aliás, o mito do gênesis poderia ser muito bem denominado de “O Nascimento da Consciência”. Por que não?

    Fazendo uma releitura de Freud, podemos nos aventurar a dizer que tudo começa na nossa mais tenra infância, período em que se vive sob a submissão completa de uma autoridade paterna, responsável pela lei moral.

    A transmissão desse sentimento nos perpassa pela vida afora. A primeira lei, quando os pais queriam a qualquer preço o “bem dos filhos”, pode levar ao despotismo ou a passividade, e isto está na gênese de qualquer governo paternalista, que tem por objetivo tratar os cidadãos como crianças.

    A ressonância da primeira lei (paterna) internalizada no inconsciente surge com o trágico da nossa existência. A transgressão da lei paterna, é que vai nos fazer sentir abandonado por Deus. (Pai, Pai, por que me abandonaste? ─ bradou Cristo)

    O sacrifício que o “piedoso” faz para agradar ao seu deus, é um rememoração inconsciente dos atos que ele fazia, quando criança para o “gozo” do seu genitor.

    O desejo do pai, nos fundou.

    “Na verdade nascemos a partir do desejo do Outro. O desejo de tal mãe enquanto mulher, e tal pai enquanto homem , são os ‘significantes’ da história do sujeito” ─ disse Philippe Julien, que junto a Lacan fez uma releitura de Freud para o nosso tempo.


    DEPOIS EU VOLTO, COM MAIS UMA DOSE... (rsrs)

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  18. Me perdi na numeração, desculpe.
    Vou adicionar um novo dado:
    Eu suspeito que a inspiração para "criar deuses" talvez esteja nas estórias contadas nas plaquinhas sumérias. Eles aceitavam que "os deuses" tinham vindo do alto (seres extraterrestres. Eu não afirmo que Zecharia Sitchin esteja certo,mas também não duvido. A única conclusão dele que eu refuto mesmo é a da criação do ser humano.Aí, acho que ele extrapolou. Agora, no seu livro O 12°Planeta tem reproduções da plaquinhas que mostram claramente foguetes espaciais. É incrível de se ver. Como não tenho bola de cristal, continuo nas minhas indagações sem negar, mas sem afirmar.
    abração
    Atena

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  19. 34] Madonna! Estou gostando de ver. Vocês estão "penetrando fundo" na "mito-psicanálise".rss

    Levi, se o Gresder quer um "duplo"...então pode encher meu copo até derramar.

    Edu, Quanto aos dois últimos livros do Sidney...se não me engano, muita gente confunde a filha dele com ele, pois o nome "Sheldon" aparece em letras maiores que o título nos livros dela. Mas vou verificar isso depois!

    Já vou responder à todos...só um minutinho

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  20. 35] Levi, Edu, e Gresder, por falta de tempo, devido aos estudos, quero sintetizar o comentário de forma que possa de uma só vez, abordar os três assuntos por vocês levantados. Como disse lá em cima, em minha opinião, os deuses são frutos de um processo evolutivo do homem. (assim como sugere..eu acho...o Edu)

    O heroísmo está dentro de nós ainda hoje. Qualquer ser humano que vá além de seus limites está se re-conectando com as lendas e mitos do passado. Um exemplo bem atual (e citarei outros) é Nelson Mandela, que preferiu permanecer preso à renunciar à sua luta pela igualdade racial na África do Sul...e ele ganhou a parada.

    Nós podemos até nunca termos percebido, mas estamos todo o tempo cercados por heróis e heroínas. Melhor ainda, somos todos heróis e heroínas...seres mitológicos ou mitologizáveis, que, no momento "oportuno" podem corporificar suas identidades secretas e praticar ações...digamos...heróicas.

    Isso acontece porque nós, seres humanos trazemos impressos na base de nossas mentes modelos de comportamento e formas e forma de nos relacionarmos com o mundo que são chamados de arquétipos...na psicologia analítica (escola fundada por Jung). Os arquétipos muitas vezes se confundem com a mitologia...e o herói é o mito mais conhecido por todas as culturas, seja, elas antiqüíssimas como sugere o Gresder...ou modernas como sugiro eu.

    Os arquétipos podem ser comparados (correndo o risco de estar sendo simplista na minha analogia) àqueles avatares que existem nos vídeo-game. Você escolhe o personagem, e acrescenta à ele armas, poderes, cores e roupas. Mas a sua característica inicial (que determina seu comportamento e objetivos) permanecerá a mesma. Da mesma maneira os arquétipos se repetem em todas as sociedades humanas.

    A "grande mãe", que nos acolhe, nos alimenta e nos protege, é um deles.Há 25 mil anos (e isso é tempo suficiente para sustentar este argumento ao passar pelo crivo gresderiano), ela já era representada em uma pequena estátua do sexo feminino, com seios, nádegas e coxas abundantes, batizada de "Vênus de Willendorf" pelos arqueólogos que a desenterraram na Áustria. O mesmo arquétipo poderia ser registrado pelo nosso "subconsciente" na pessoa meiga e maternal da apresentadora Hebe.

    Continua...

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  21. 36] Gresder, Levi e Eduardo, continuando:

    Seres que desafiam o tempo e não envelhecem nunca: os deuses da mitologia grega Dionísio, que apresentou o vinho à humanidade, e Eros, deusw do amor, são antepassados diretos do eternamen te jovem “Peter Pan”. Esse mito foi perseguido, de maneira obsessiva, pelo cantor Michael Jackson, que, como seu herói adolescente, morava na “Terra do Nunca” e também gostava da companhia de crianças. Se fosse apagado de nossa mente de um dia para o outro o mito do herói solitário, que toma para si a tarefa de enfrentar inimigos muito poderosos para salvar o mundo do extermínio...Hollywood iria à falência em uma semana .

    Mas tais mitos estão firmes e fortes: são os Pelés, os Ronaldos, os bombeiros e os presidentes que prometem dar suas vidas para proteger os cidadãos e livrá-los dos horrores da miséria. E os mitos que nos aterrorizam,...o grande cataclismo final, que um dia nos transformará em pó e que se disfarça no dilúvio enfrentado por Noé, na guerra nuclear, em um possível apagão global da Internet, tsunami, gripe suína, aquecimento global e etc... Tudo isso me leva a crer que o ser humano é essencialmente religioso.

    Mesmo hoje, quando o mundo parece ter deixado de lado toda sua espiritualidade, ainda criamos e cultuamos nossos mitos. Certamente ninguém hoje em dia espera ver homens musculosos, vestidos com peles de leões, perseguindo dragões pelas avenidas da cidade ou alguém com asas nos tornozelos voando pelos corredores de um shopping.

    Esses arquétipos nos aparecem hoje, como alguém que enriquece de maneira inimaginável...como Bill Gates, criador do império Microsoft...que teve início em uma garagem. Ou até mesmo Mark Zuckerberg, fundador, aos 17 anos, do site de relacionamentos “Facebook”...hoje, “Ziliardário”. As deusas da beleza são hoje Gizeles Bündchens, magras e lindas...que saíram de pequenas cidades rurais...para as passarelas. Poderosas divindades são cantores que batem records de acesso no “YouTube”. Continuamos a encontrar nosso objetos de culto. Não importa se eles são assim tão diferentes dos mitos e heróis da Grécia e da Roma antiga, ainda traduzem arquétipos do ser humano.

    Continua...

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  22. 37] Eduardo, Gresder e Leví, continuando:

    Todo herói mitológico é por definição um rebelde, um subversivo (assim como Jesus). Alguém, enfim, que desafia a lógica natural das coisas e consegue impor sua ação e vontade contra um governo autoritário, um exército inimigo, um animal em fúria ou um reino que o dominou. Por essa definição, Nelson Mandela pode ser considerado um mito...e dos bons. Quantos entre nós aqui da blogosfera, seriam capazes, após passar 27 anos em uma prisão, de recusar uma proposta de liberdade porque ela estava condicionada a desistir da sua luta pelo fim da discriminação contra os negros?

    Mandela preferiu continuar preso, mas a irresistível força de sua vontade iria garantir a sua liberdade “pouco tempo” depois. Eleito o primeiro presidente negro da África do Sul, seria figura chave para o desmanche do Apartheid, um regime cruel que durante 50 anos proibiu os negros de morarem nos mesmos bairros que os brancos, estudarem nas mesmas escolas e até mesmo de tomarem a mesma cerveja ou serem enterrados nos mesmos cemitérios.

    Que dizer de Ernesto Che Guevara que foi morto em uma emboscada na Bolívia? Se nós não tivéssemos os subsídios escriturísticos e as fotos dele morto sobre uma mesa de madeira, e se a história se desse há mais tempo, com poucas testemunhas, é bem possível que nos dias de hoje, ele também fosse um mito maior do que já é. É bem possível que Mandela tivesse sido açoitado até a morte e jogado numa cela fétida para ser comido pelos ratos...mas pela manhã, estava cantando hinos aos deuses africanos que o ressuscitara dos mortos (possível mitologia de Mandela se não tivéssemos os recursos que temos hoje).

    E Che Guevara, se não tivéssemos encontrado o corpo, poderia muito bem se dizer que ele desapareceu na mata boliviana depois de matar 1000 soldados inimigos apenas com uma faca de churrasco, (igual Sansão, que matou mil Filisteus com a caveira de um jumento) e ter levado 20 tiros à queima roupa, sem que nenhum deles o atingisse. Mas isso é só uma analogia...sabemos que não foi assim.

    “Mas é assim que criamos heróis que viram mitos e torna-se deuses” Edson Moura

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  23. Comentário da Paulinha por E-mail:

    Amorzinho


    Dizem que Deus criou o homem, em sua imagem e semelhança....mas pela sapiência de Deus, ele já não sabia que o homem iria decepcioná-lo?! Logicamente que Ele sabia...

    Mas será que este Deus necessitava de um outro ser para amá-lo, para adorá-lo...no intuito de quê?? Será que Ele, uma energia que interage em tudo, precisa ser "aplaudido"?!

    No meu modo de ver, não...

    E até hoje, nunca se sabe o sexo de Deus, nunca ouviram sua voz...a não ser um som parecido com o de"relâmpago"..etc...e tal.....nunca viram a sua face, nunca o conheceram....e muitos dizem que este Deus é homem, mas o que impede dele ser do sexo feminino?! Ninguém conhece a verdadeira identidade deste deus....

    Através da fé, o HOMEM criou uma imagem DEUS....o deus do milagre, o deus do Universo...o deus dos exércitos.....

    O HOMEM tenta dar forma a Deus.....dá o desejo à ele de ser amado e cultuado...define o sexo deste Deus.......simplesmente porque????? pela sua necessidade!!

    Porque os antigos povos ...que formaram a mitologia grega, criaram os deuses?? simplesmente para encontrar uma solução para suas tantas dúvidas, e suprirem uma necessidade que eles tinham, de incorporar os tantos fenômenos (sol, chuva...etc) àos deuses...porque se não fossem os deuses criadores destes tantos "mistérios" do universo, quem seria??? O povo estaria completamente sem respostas....

    Então, o povo hoje...pela sua necessidade atribuem característica à este Deus....classificando-o, como o deus dos deuses....

    Pois antigamente, tinha o deus do amor...deus do sol...deus do vinho......e hoje, penso... quem é o deus de tudo? DEUS.

    Amorzinho....agora a minha dúvida,

    Será que simplesmente resumiram, todos os deuses...em um único deus...chamado DEUS....???!!!

    Madonna! rs....

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  24. Atena, seu comentário veio bem à calhar. Mas antes de respondê-lo, preciso pensar um pouco, pois como pode ver, os comentários são de peso e esse seu é de lascar.

    De qualquer forma, minhas respostas (respostas?) aos meninos, talvez possam dar uma clareada nas nossas mentes.

    Já passa das O1:00 da madrugada e eu levanto àsd 04:30. Tentarei complementar meus comentário à você amanhã...quer dizer...hoje!

    Abraços!

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  25. 40

    Edson, você discorreu muito bem sobre mitos antigos e modernos.Só para constar, para mim, Mandela é mito, Chê é um guerrilheiro como uma história de vida bem interessante(até onde sei).

    É claro que sempre precisaremos dos nossos heróis. Lembro da comoção nacional e mundial quando o herói da velocidade Senna morreu. O choque é grande pois para nós, heróis são imortais, nada pode afetá-los. Mas o grande barato, é que os heróis de verdade foram apenas humanos como eu e você. Dentro de cada um de nós mora um herói em potencial.

    Mudando de assunto: você consegue viver bem com 4 horas de sono?? acho que um dia você me disse que sim...putz, és um abençoado, um heróis rssssss queria eu dormir só 4 horas por dia e ficar bem. Pois preciso de no mínimo 7, senão...

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